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Foto Meulemeriodejaneiro |
O Rio de Janeiro tem hoje aproximadamente 400 km de ciclovias espalhadas por toda a cidade. As mais famosas são as da Orla que por conta da visibilidade recebem rotineiramente trabalhos de manutenção. As ciclovias e ciclofaixas das ruas de bairro acabam por vezes esquecidas. Na rua Ministro Viveiros de Castro , em Copacabana, há uma ciclofaixa que poucos respeitam.
No pós pandemia, a bicicleta deixou de ser apenas um equipamento de lazer e se tornou um veículo de trabalho. É sobre duas rodas que várias pessoas conseguem dinheiro para sustentar as famílias. Como transporte rápido, limpo e seguro, a bicicleta foi deixando o segundo lugar e ocupando o protagonismo na vida de muitos cariocas. Mas falta muito para que esse tipo de transporte seja realmente valorizado.
Ainda são poucos os locais para a guarda de bikes nas ruas como o paraciclos e falta também segurança. Aqui no Leme, por exemplo, não são raros, os casos de bikes furtadas que tiveram parte do guindom ou dos cadeados cortados . As lojas para consertos de bicicletas e locais para encher os pneus tambem estão sumindo na zona sul.
As fragilidades do setor cicloviário existem e podem ser resolvidas nos proximos anos. Mas o maior desafio das autoridades de transportes será a convivência pacífica entre motoristas, ciclistas, ciclofaixas e ciclovias. Essas últimas foram planejadas em muitos locais que já existiam e que acabaram por não oferecer o conforto e o local adequado para a passagem de uma bike sequer. É o caso por exemplo da rua Ministro Viveiros e Castro, em copacabana, onde a ciclofaixa segue ao lado de fila indiana de carros estacionados, sofre com o fluxo de veículos e de ônibus da Princesa Isabel e acaba ficando sem espaço para realmente existir. O que deveria ser uma facilidade para deslocamento acabou se tornando em um caminho perigoso.
Na expansão da malha cicloviária proposta pela Prefeitura do Rio para os próximos 10 anos , a mobilidade precisa estar aliada com a segurança. A questão é séria . O número de acidentes envolvendo ciclistas não pára. De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, o Sistema Único de Saúde gastou r$15milhões por ano nos últimos 10 anos, só financiando tratamentos de saúde para ciclistas vítimas de acidentes de trânsito. Que a expansão das ciclovias no Rio aconteçam de forma muito bem planejada e que os caminhos existentes, como as atuais ciclovias e ciclofaixas, não sejam esquecidas e sim, melhoradas .